Quando um operador logístico planeja o espaço que determinada carga irá ocupar em um veículo, ele não se baseia apenas em seu peso bruto. Isso porque as medidas consolidadas pelo objeto transportado não dependem apenas desse fator.
Se uma caixa com 1 kg de chumbo abrange uma área bem menor que 1 kg de algodão, faz sentido dizer que os limites de carga dependerão especialmente do volume desse produto. Partindo desse princípio, o mercado adota o modelo de cubagem ao calcular as tarifas de frete.
A cubagem é a relação entre o peso e o volume da carga transportada. Para calculá-la, levamos em conta as dimensões de comprimento, largura e altura da carga (C x L x A), além do número de volumes e do peso bruto.
A verificação da cubagem ajuda o operador logístico a selecionar o veículo adequado para a coleta e para o transporte – informação especialmente importante para o transporte aéreo, que conta com espaços mais limitados e costuma levar menos cargas por operação. Sem as especificações corretas, é possível até mesmo que a carga ultrapasse as medidas do compartimento.
A fórmula de cubagem no transporte aéreo estabelece que 1m³ não ultrapasse 166,66 kg e que, consequentemente, 1 kg equivale a 6000 centímetros cúbicos.
Quer entender como isso funciona no dia a dia? Confira um exemplo prático de cubagem:
Um cliente precisa enviar 2 caixas de 50 cm de comprimento, 40 cm de largura e 30 cm de altura, pesando 6 kg cada.
Nesse caso, o peso bruto total será de 12 kg (ou seja, a soma dos 2 volumes de 6 kg).
O peso cubado, por sua vez, será medido pela seguinte operação: total de volumes x (altura em cm x largura em cm x comprimento em cm ) / 6.000.
Assim, temos a seguinte equação: 2 x (50 x 40 x 30)/ 6.000 = 20 kg. Esse é o peso cubado da carga.
Embora o peso bruto seja 12 kg, na cubagem aérea essa carga representa 20 kg.
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